quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Para comer com pão, num lanche despreocupado

Há petiscos que sabem mesmo bem, num Sábado à tarde, depois de um passeio sob o Sol de Inverno. O passeio é delicioso mas, com o final do dia, o regresso a casa enche-nos de felicidade, principalmente por causa do frio que se começa a intensificar, na rua. E, também, porque o estômago já se começa a queixar um pouco. A porta do frigorífico esconde uma solução bastante rápida para o problema. Uns ovos, deliciosamente misturados com o que há por ali à mão e faz-se um lanche ajantarado, num início de noite despreocupada. Juntam-se umas fatias de pão caseiro ou uma baguete estaladiça, vinda directamente da maravilhosa padaria francesa Eric Kayser (que abriu uma nova loja no supermercado do El Corte Inglès... agora é que vai ser a minha perdição!!!), um capuccino a fumegar na caneca, e assim se faz a festa. E, num instante, já estamos sentados à mesa, a saborear uma refeição e a recordar os momentos felizes, passados ao ar livre.
Rápidos de preparar, estes ovos ficam igualmente deliciosos.

Ovos mexidos com chouriço ibérico e tomate 

Ingredientes:
(para duas pessoas) 

4 ovos
1 decilitro de molho de tomate (refogado)
Fatias finas de chouriço ibérico, sem a pele
1 haste de alecrim (usei apenas as folhas)
Sal e pimenta (atenção ao tempero do chouriço)

Fiz assim:
Levei uma frigideira anti-aderente ao lume e deixei aquecer. Dispus as fatias de chouriço e deixei fritar, de ambos os lados, libertando a própria gordura (se libertar muita gordura, verter para uma tigela e rejeitar, reservando para outra receita). Juntei o molho de tomate e deixei ferver um pouco. Acrescentei os ovos batidos, temperados com sal e pimenta. Envolvi e fui mexendo com a colher-de-pau, até os ovos incorporarem mas sem passarem demasiado. Polvilhei com o alecrim e envolvi mais uma vez. Servi com pão caseiro.


Uma delícia para um petisco, numa tarde fria de Inverno.


Beijinhos para todos e bom apetite.




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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Porque um Domingo vem sempre com sobremesa

Cá em casa, o Domingo é o dia do que nos apetece. É o dia em que as horas passam mais devagar e todos os momentos contam histórias sem correrias nem stress. É dia de ser despertada pela luminosidade de uma manhã soalheira em vez do som estridente do despertador. É dia de passear pela casa como se todo o tempo fosse nosso e de tomar o pequeno-almoço na varanda, com os pássaros a sorrirem em cânticos harmoniosos, à nossa frente. E ficar ali uma eternidade...
Domingo também é almoçar tarde e saborear a comida com tempo, depois de ter sido feita com calma e dedicação.
E Domingo que é Domingo é dia de sobremesa. Porque os dias têm de ser devidamente saboreados de acordo com a importância que lhes damos e tendo em conta o tempo que eles nos dão.
E, como Domingo que passou não foi excepção, aqui deixo a minha versão de tiramissu (porque a ideia de comer claras cruas não me fascina particularmente).

Delícia de palitos de la reine (ou uma espécie de tiramissu)


Ingredientes:

200 gramas de palitos de la reine
500 gramas de mascarpone
5 ovos
1 cálice de vinho do Porto
20 gramas de açúcar
20 gramas de iaçúcar em pó
1 vagem de baunilha
2 saquetas de cuajada
Café forte, qb

Fiz assim:
No copo da bimby, deitei os ovos e bati 5 minutos, velocidade 4, temperatura 37º e depois mais 5 minutos, à mesma velocidade, mas sem temperatura. Depois juntei o açúcar e bati mais uns segundos. Retirei para um tacho e levei ao lume, mexendo sempreaté engrossar ligeiramente. Deixei arrefecer. Entretanto, coloquei o mascarpone no copo da bimby, com as sementes da vagem de baunilha e bati 1 minuto à velocidade 4. Acresentei o vinho do Porto e o açúcar em pó e programei mais 15 segundos, na mesma velocidade. Juntei a mistura dos ovos ao queijo, acrescentei a cuajada e programei 15 segundos na velocidade 4. Preparei o café e mergulhei nele os palitos de la reine, um a um e fui-os colocando num tabuleiro fundo. Deitei uma parte do creme, por forma a cobri-los. Fiz mais uma camada de palitos e outra de creme e, sucessivamente, até esgotar o creme. Levei ao frigorífico até prender. Servi, polvilhado com cacau em pó.


Porque os dias não são todos iguais, há delícias que guardamos para os momentos que queremos tornar especiais.


Uma boa semana para todos.



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Giveaway no cantinho da Vera

O Hoje para jantar... é uma inspiração constante e, neste momento, está a promover um desafio muito simpático, oferecendo um chá (que lhe foi oferecido, por um dos parceiros do blogue, com vários outros produtos da marca) a um dos participantes. E como eu também gosto muito de chá... já estou a fazer a minha parte. Passem por lá, que vão gostar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Arroz de tamboril ou um desafio à rapidez dos dias

Há dias em que chego a casa e ainda há imensas coisas para fazer. Passar a ferro, regar as plantas, varrer as desgraçadas das folhas da varanda (mas que raio de vento! Qualquer dia ainda peço uma indemnização porque assim não há planta que vingue!), limpar a loiça do dia anterior, aspirar, fazer o jantar, pôr a mesa, passar a ferro,... Sim, e escrevo-o duas vezes, porque se há coisa que eu detesto mesmo mesmo, é passar a ferro. Para esses dias desesperantes, em que de repente reparamos e já está mas é na hora da ceia, tenho sempre no congelador alguma coisa que nos salve, ao menos, na tarefa de preparar o jantar, fazendo-o num instantinho. As refeições pepe rápidas, como diz a minha mãe, são óptimas. Porque são rápidas de preparar e sabem deliciosamente bem. Ontem foi um desses dias. Ontem foi dia de arroz de tamboril. Porque temos de contrariar os dias chatos com aqueles miminhos que adoramos e se fazem assim: (plim!) num instante!

Arroz de tamboril com gambas
(versão pepe rápida, à moda da minha mãe)


Ingredientes:
(para duas pessoas)

300 gramas de lombos de tamboril (usei congelado)
200 gramas de gambas (usei miolo de camarão congelado)
150 gramas de arroz
1 tomate maduro, pelado e cortado em cubinhos (usei congelado)
1 cebola, picada
1 dente de alho, picado
Pimento verde, cortado em tiras (usei congelado)
Pimento vermelho, cortado em tiras (usei congelado)
1/2 cubo de caldo de peixe
1 fio de azeite
Coentros, picados
Sal e pimenta
Piri piri

Fiz assim:
Levei um tacho ao lume com o azeite, a cebola e o alho. Deixei fritar um pouco e depois acrescentei os pimentos, o tomate e o caldo de peixe. Depois de levantar fervura, juntei o peixe. Deixei cozinhar um pouco e retirei o peixe do tacho e triturei o caldo. Juntei-lhe a água necessária para o arroz e temperei de sal e pimenta. Acrescentei também o piri piri. Deixei levantar fervura e adicionei o arroz. Quando estava quase pronto, adicionei os camarões, para cozinharem durante 3 minutos e, finalmente, juntei o peixe cozido. Retirei do lume e polvilhei com os coentros. Servi com uma salada de tomate e alface.


Ficou muito bom, com um caldo delicioso, mesmo ao meu gosto. Capaz de fazer esquecer o cansaço de um dia em cheio.


Beijinhos e bom apetite para todos.




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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Um bolo de Domingo ou como rentabilizar as revistas de culinária

Sou uma apaixonada por revistas e livros de culinária. Adoro coleccionar religiosamente algumas edições mensais de revistas, de onde vou tirando ideias para pratos e doces, de forma a que não seja um investimento sem retorno. Este bolo é um exemplo disso mesmo e revelou-se uma verdadeira delícia, num fim-de-semana de alertas vermelhos e ventos com rajadas assustadoras. A última edição da revista Saveurs está recheada de coisas boas, que espero poder mostrar-vos noutras ocasiões, se tal se proporcionar. Até lá, deliciem-se com esta. 

Bolo de laranjas cristalizadas
(ligeiramente adaptado do Nº198 da revista Saveurs)



Ingredientes:

O bolo
260 gramas de farinha com fermento
180 gramas de açúcar
3 ovos
150 gramas de margarina derretida, fria
180 gramas de leite condensado cozido

As laranjas 
3 laranjas, biológicas
330 gramas de açúcar 
15 centilitros de água


Fiz assim:
Untei uma forma de 18 centímetros com margarina e forrei com papel vegetal, também untado. Liguei o forno a 200ºC. Numa taça, misturei a farinha com o açúcar. No copo da bimby bati os ovos, duurante 3 minutos, na velocidade 4, à temperatura de 37º. Depois mais 3 minutos, à mesma velocidade, sem temperatura. Juntei a margarina e misturei mais 30 segundos, velocidade 4. Acrescentei o leite condesando e programei mais 30 segundos, à mesma velocidade. Verti a mistura sobre os ingredientes secos e envolvi, sem trabalhar muito a massa. Deitei a massa na forma e levei ao forno, durante cerca de 40 minutos (verifiquei a cozedura, com um palito, duas vezes, a partir da meia hora). Retirei do forno e desenformei.

Enquanto o bolo cozia, lavei e sequei bem as laranjas, cortei-as às rodelas e reservei. Levei um tacho com o açúcar e a água ao lume brando até ferver. Juntei as rodelas de laranja e deixei ferver, durante 15 minutos ou até as rodelas cristalizarem. Reguei o bolo com a calda obtida e cobri-o com as rodelas de laranja.


Um segredo para o sucesso deste bolo é, sem dúvida, a qualidade das laranjas. Estas foram oferecidas pela minha madrinha e vieram directamente do belo pomar que circunda a casa dela. Deliciosas como são, tornaram este bolo, numa verdadeira maravilha. E não há nada melhor para um Domingo caseiro do que um pedaço de bolo recheado de uma companhia deliciosa. Os comensais da casa teceram-lhe largos elogios, por isso vai passar a ser feito regularmente.


E, em jeito de conclusão, digo-vos que este é um daqueles bolos que fica ainda melhor no dia seguinte, mais molhadinho e com o sabor da laranja a intensificar-se, contrastando ainda mais com o doce. O meu conselho é para que guardem um bocadinho para o lanche do outro dia... se conseguirem resistir, claro.


Uma excelente semana para todos.
Beijinhos.




Fonte: Revista Saveurs Nº 198 - Fevereiro/2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sopa, sopa, sopa!... porque não há melhor para combater os dias frios

As sopas, cheias de ingredientes vitaminados e reconfortantes, servem também de agasalho para estes dias mais frios, tão habituais em Janeiro. Sopas ricas em sabor e devoradas ainda a fumegar, sabem tão bem e fazem do jantar uma refeição que nos enche de energia. A sopa, muitas vezes odiada pelas crianças, acaba por ser um dos pratos preferidos quando nos tornamos adultos, quando já temos um paladar menos susceptível à textura das hortaliças, como era o meu caso. Nos dias de hoje, um bom prato de sopa é sempre bem-vindo e a satisfação que nos traz não tem igual.
Embora confesse que sou mais adepta de cremes, por vezes também é preciso variar e saborear uma sopa entulhada de ingredientes (daqueles que aparecem na colher e - para mal dos meus pecados - é preciso trincar), até porque há mais uma pessoa cá em casa, que não partilha propriamente desta minha admiração por sopas para bebés. Por isso há que agradar a todos, desde que não seja muitas vezes. J
E foi esta a sopa que nos serviu de refeição, num dia destes.

Sopa de feijão (com chouriço e grelos e massa e cenoura e outras coisas que não se vêem mas estão lá J)


Ingredientes:

1 batata, cortada em cubos
1 batata-doce, cortada em cubos
1/2 courgette, cortada em cubos
1 cebola, cortada em pedaços
1 dente de alho
100 gramas de abóbora, cortada em cubos
1 cenoura, cortada às rodelas e metade de outra, cortada em cubos pequenos
1 lata de feijão (reservar alguns para ficarem inteiros)
1/2 chouriço (eu usei linguiça)
Grelos, cortados em pedaços pequenos
1 punhado de massa curta
Sal
Azeite

Fiz assim:
No copo da bimby coloquei a batata, a batata-doce, a courgette, a cebola, o alho, a abóbora, a cenoura às rodelas, o feijão e o chouriço. Acrescentei água, para cobrir os legumes e programei 25 minutos, 100º, velocidade colher inversa.
No final do tempo, retirei o chouriço e juntei o sal e o azeite e triturei, durante 1 minuto, indo pregressivamente até à velocidade 9. Entretanto, retirei a pele ao chouriço e cortei-o às rodelas. Reservei. Depois da sopa triturada, acrescentei a massa, a restante cenoura e os grelos e deixei cozinhar 15 minutos, à temperatura de 100º, na velocidade colher. No final, juntei o feijão reservado e envolvi com a espátula. Servi, com as rodelas do chouriço.


No final, confesso que ficou perfeita.


Tão boa para partilhar. Uma sugestão para uma noite fria.




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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O sabor perfumado das especiarias

Não há coisa melhor que entrar na cozinha e sentir o aroma de um bolo a cozer. E quando o bolo exala o perfume das especiarias, é como se o céu descesse à Terra e se materializasse numa iguaria quase a sair do forno. J
Este Domingo foi assim, cá em casa. Um crumble de marmelos, generosamente salpicado com gengibre e canela, soube-nos a manjar dos deuses e serviu de sobremesa para uma refeição que, como em todos os Domingos, se pretende que seja diferente.

Crumble de marmelos


Ingredientes:

2 marmelos
Sumo de 1 limão
2 colheres (sopa) de acúcar
2 colheres (sobremesa) de canela
1 colher (chá) de gengibre moído
200 gramas de farinha de trigo sem fermento
180 gramas de manteiga, fria e cortada em cubos
100 gramas de açúcar

Fiz assim:
Polvilhei uma assadeira com 1 colher (sopa) de açúcar. Liguei o forno a 200ºC. Descasquei os marmelos e retirei-lhes o caroço. Cortei-os em gomos finos, que dispus na assadeira. Reguei com o sumo do limão. Polvilhei com a outra colher de açúcar, com a canela e o gengibre. Preparei a massa, misturando a farinha com o açúcar. Acrescentei a manteiga e misturei com as potas dos dedos até obter uma farofa. Distribuí por cima dos marmelos e levei ao forno, durante cerca de 40 minutos ou até estar douradinho (e o recheio começar a emergir à superfície do bolo, criando um efeito semelhante a pequenas erupções de... caramelo). Servi ainda morno, com gelado de baunilha.


Há coisas que nos sabem sempre bem, acompanhadas por risadas e momentos de partilha que tornam deliciosos os nossos dias.



A acidez característica do marmelo contrasta maravilhosamente com o bolo crocante. A canela e o gengibre dão a esta sobremesa um sabor muito apelativo e o gelado de baunilha ajuda a realçar a particularidade da conjugação. Experimentem porque é uma verdadeira tentação.


E tenham uma semana deliciosa. Beijinhos.




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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A inevitabilidade do peixe e a minha incompatibilidade com os menus semanais

O peixe também faz parte das nossas ementas e num destes dias ele surgiu à nossa mesa em forma de filetes panados, com um risoto de bróculos e cogumelos.
Se há algo que, verdadeiramente, detesto é escolher menus semanais. Gosto de pensar as coisas diariamente, definindo o jantar apenas na véspera, no momento em que tiro do congelador; ou definindo no próprio dia, comprando o que ainda faz falta. Gosto desta indefinição, de certa forma agrada-me a surpresa de uma refeição.
Por isso, quando decidi fazer filetes para o jantar, ainda não tinha pensado no seu acompanhamento. Ele sugiu da necessidade de gastar uns cogumelos que me tinham sobrado de uma sopa e porque tinha ainda alguns brócolos no frigorífico.
E assim se faz uma refeição.

Filetes de pescada panados com risotto de brócolos e cogumelos


Ingredientes:

400 gramas de filetes de pescada
1 ovo
Pão ralado com ervas
Sal e pimenta
1 dente de alho
Sumo de limão
Azeite
Óleo para fritar

200 gramas de arroz próprio para risotto
Caldo de legumes
Vinho branco
1 cebola pequena, cortada em meias luas
1 fio de azeite
3 ou 4 cogumelos, laminados
Brócolos, cortados em pedaços pequenos
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado

Fiz assim:
Temperei os filetes com sal, pimenta, alho laminado, sumo de limão e um fio de azeite e deixei repousar durante 30 minutos. Panei os filetes em ovo e pão ralado e fritei-os em óleo quente.
Para o risoto: levei um tacho ao lume com o azeite e a cebola. Deixei fritar um pouco, juntei o arroz e borrifei com o vinho. Deixei evaporar o líquido e uma concha do caldo a ferver. Mexendo sempre, deixei incorporar o líquido e voltei a acrescentar caldo. Juntei os brócolos e continuei o processo de cozedura, mexendo e deixando o caldo incorporar antes de voltar a juntar mais. Quase no final, adicionei os cogumelos e quando acabou o processo de cozedura, retirei do lume e juntei o queijo ralado. Envolvi e servi com os filetes.


Ficou muito bom. Adoro esta versatilidade dos risottos, que combinam com quase tudo.


Não sobrou nada, foi mesmo até rapar o tacho. J




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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Janeiro e os dias de frio que acompanhamos com sopas

Os dias frios e húmidos de Janeiro chegaram. Pequenos. Sombrios. E tristes.
Lágrimas de orvalho escorrem silenciosamente pelos vidros, percorrendo um curto destino, enquanto um manto de neblina parece querer esconder-me o horizonte. Meias quentes, camisolas fofinhas com o toque da macio da lã. Cachecol. Saio para a rua. O dia parece sorrir-me no seu silêncio de manhã de fim-de-semana. Mas o frio faz-me levar as mãos aos bolsos
O caminho já conhecido guia-me no meu destino breve, enregelada pela manhã que vai surgindo, porque este dia tem de começar pelo mercado de Domingo, para trazer o cesto cheio de legumes e preparar um caldo, aveludado, quentinho e delicioso. O sabor aconchegante, aquece o corpo e a alma entre cada colherada. E assim se aquecem também os dias...

Aveludado de couve-flor com cogumelos e crocante de bacon


Ingredientes:

1 couve-flor pequena
2 batatas-doces
1 cebola pequena
1 dente de alho
100 gramas de cogumelos
1 fio de azeite
1 decilitro de natas
Sal
Tiras de bacon, grelhadas até ficarem estaladiças

Fiz assim:
Descasquei e lavei as batatas e cortei-as em cubos. Separei os floretes da couve e lavei-os bem. Limpei os cogumelos e cortei-os em quartos. Descasquei e lavei a cebola e o dente de alho. Coloquei todos estes ingredientes no copo da bimby e adicionei água até cerca de metade do nível. Levei a cozer, marcando 25 minutos, 100º e velocidade 1. No final do tempo, acrescentei o sal e o azeite e triturei 1 minuto na velocidade 5-7-9. Juntei as natas e envolvi. Servi com tiras de bacon estaladiças.


Plenamente reconfortante, este aveludado sabe "pela vida", num dia que apetece ficar toda a tarde em casa, de pantufas, a saborear os momentos felizes. Uma delícia... experimentem.


Beijinhos para todos.



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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ainda as sobras do Natal

Na mesa da nossa ceia de Natal não faltou, além do bacalhau, o polvo cozido, preferido por algumas bocas mais difíceis de satisfazer. Claro que, no fim, sobrou de tudo um pouco. O bacalhau, as couves e as restantes sobras do cozido, serviram para a não menos tradicional roupa velha do dia seguinte. O polvo foi devidamente guardado e congelado. Ontem foi novamente para o tacho, na versão deliciosa de um arroz de polvo, servindo-nos de jantar.

Arroz de polvo malandrinho


Ingredientes (para duas pessoas):

300 gramas de polvo cozido, cortado em pedaços pequenos
100 gramas de arroz
1 cebola pequena, picada
1 fio de azeite
1 decilitro de vinho
1 tomate, pelado e cortado em cubos
1 piri-piri
Sal e pimenta
Salsa fresca a gosto

Fiz assim:
Num tacho coloquei a cebola e o azeite e levei ao lume para refogar. Acrescentei o tomate e o vinho e deixei evaporar. Juntei o polvo e água quente da cozedura do polvo (que congelei juntamente com aquele), necessária para a cozedura do arroz. Temperei de sal e pimenta e juntei, também, o piri-piri. Deixei ferver e acrescentei o arroz. Tapei e reduzi o lume para cozer o arroz. Retirei do lume e polvilhei com salsa picada, antes de servir.


Mais uma excelente forma de aproveitar as sobras do Natal.


Aproveito para agradecer à sempre querida Cristina Maia da loja Sanimaia, onde tenho adquirido algumas peças de loiça belíssimas, pela amabilidade que demonstrou ao colocar uma fotografia publicada neste blogue no facebook da loja. Obrigada por tudo, Cristina! Se puderem passem por lá, as lojas são na zona do Porto mas podem encomendar por email, que eles enviam tudo num instantinho.

Beijinhos e um fim-de-semana cheio de coisas boas.




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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Bom Ano!

Bom ano! Bom ano! É cumprimento que vou ouvindo e repetindo nestes dias, logo a seguir aos tradicionais bom dia ou boa tarde. Chegou 2013 e com ele chegam os desejos sinceros para o novo ano. Saúde, trabalho, amor, paz... tudo o que desejamos para nós mesmos e queremos partilhar com os que nos são queridos. Por todo o lado nos vão bombardeando com a ideia que 2013 vai ser um ano muito mau, quase terrível e, por isso, resta-nos arregaçar as mangas para tentar contrariar as estatísticas. E fazer por alterar as espectativas.
Nestes últimos dias, temos vivido numa festa constante. Primeiro o Natal, logo seguido das festividades de Ano Novo. Estas circusntâncias têm servido de anestesia face aos indicadores do que nos aguarda. Nós, particularmente, temos andado numa dança constante em frente das mesas recheadas de coisas deliciosas e que desestabilizaram significativamente os nossoa hábitos alimentares. Os fritos, os doces... tão ávidamente consumidos ficam agora para trás, nas nossas memórias. Chegou a hora de voltar ao quotidiano, de regressar ás refeições habituais, o que não significa que tenham de ser monótonas. Os dias voltaram à normalidade e nós também.
E nada como um guisado deliciosamente saudável para fazer esquecer os excessos dos dias de festa.

Massa guisada com entrecosto e feijão encarnado

Ingredientes (para duas pessoas):

200 gramas de massa penne
100 gramas de feijão encarnado, cozido
400 gramas de entrecosto, cortado em pedaços
50 gramas de chouriço de carne, cortado às rodelas
50 gramas de bacon, cortado em tiras finas
2 colheres (sopa) de tomate triturado
1 cebola pequena, picada
1 decilitro de vinho branco
1 fio de azeite
Sal e pimenta

Fiz assim:
Levei um tacho ao lume com a cebola e um fio de azeite, até refogar um pouco. Acrescentei o chouriço e o bacon e deixei fritar um pouco. Adicionei o entrecosto e temperei com sal e pimenta. Tapei o tacho para a carne alourar, mexendo de vez em quando. Juntei o vinho e o tomate. Acrescentei água suficiente para a massa e o feijão. Deixei cozinhar a carne durante cerca de 20 minutos com o tacho tapado e, depois, adicionei a massa. Tapei novamente para cozer a massa até estar quase pronta e, finalmente, juntei o feijão. Quando terminou a cozedura, rectifiquei os temperos e servi.


Uma sugestão deliciosa para os dias frios de início do ano.





Dizem-me que para este ano não se augura nada de bom. Sejamos nós a fazer com que ele seja diferente do que se espera. Bom Ano! Bem-vindos a 2013! Com um brinde à esperança! E uma garfada de alento... para que este ano seja o melhor que dele fizermos.