quarta-feira, 26 de junho de 2013

Os petiscos que sabem sempre bem

Fim-de-semana, cá em casa é sinónimo de lanches tardios, que nos servem de jantar. É raro fazermos grandes cozinhados. Os petiscos enchem-nos a mesa e a barriga e sabem sempre muito bem. Na véspera de São João não comemos sardinha assada mas saboreámos um paté de sapateira que ficou fresquinho e delicioso. Mesmo a nosso gosto e para combinar com o calor que se fez sentir por aqui.
Tão simples, tão bom...

Paté de sapateira


Ingredientes:

1 sapateira, cozida (escolhi uma fémea pesada)
1 ovo cozido, picado
Pickles picados
Salsa picada
Vinho do Porto
Maionese
Mostarda
Sal e pimenta

Fiz assim:
Abri a sapateira e retirei as partes comestíveis para um prato fundo. Reservei as bocas para servir com o recheio. Com um garfo, desfiz a carne da sapateira e juntei o ovo e os pickles. Acrescentei, também, o vinho, a maionese e a mostarda. Envolvi bem todos os ingredientes e, por fim, juntei a salsa e temperei com sal e pimenta. Levei ao frigorífico, até ficar estupidamente gelado. Servi.



Este é daqueles petiscos que nos sabem sempre bem, acompanhados por tostas e uma bebida refrescante. Uma delícia.


Um dia fresco e delicioso para todos!




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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Uma mousse de morangos bem fresca para aproveitar melhor o Verão

Para receber o tempo quente, nada melhor que uma sobremesa bem fresquinha. Esta mousse foi feita para o lanche de Domingo e estava deliciosa. O iogurte e o queijo deram um sabor característico a esta mousse. Os pedaços de morangos sobressaíam no meio do conjunto, como uma surpresa deliciosa. Colher atrás de colher, as taças foram ficando vazias e os estômagos regalados. E, finalmente, parece que o Verão chegou... Já estou a imaginar os piqueniques que vamos fazer por aí!

Mousse de queijo e iogurte com morangos


Ingredientes:
(para seis doses)

200 gramas de queijo fresco batido
100 gramas de crème fraiche
300 gramas de iogurte grego natural
2 colheres (sopa) de açúcar em pó
10 morangos, cortados em quartos
2 colhers (sopa) de açúcar demerara, aromatizado com fava tonka
1 saqueta de agar agar Vahiné

Fiz assim:
Numa caçarola, levei ao lume os morangos com o açúcar demerara. Entretanto, dissolvi a saqueta de agar agar num pouco de água fria. Juntei aos morangos e deixei ferver, durante 5 minutos. Reservei. Numa taça, bati o queijo com a crème fraiche e o açúcar em pó. Acrescentei o iogurte e bati mais um pouco. Acrescentei o molho de morangos e envolvi bem. Distribuí por tacinhas e levei ao frio até estar bem gelado. Servi, com folhas de hortelã-pimenta.


Ficou bem fresquinho, óptimo para saborear numa tarde quente, de que já tínhamos saudades.


Uma semana cheia de momentos deliciosos para todos!





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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para remediar

Nos dias em que não há argumentos nem ingredientes no frigorífico mas sobra a vontade imensa de uma sobremesa docinha, há sempre qualquer coisa que se pode fazer, para remediar a situação. Como esta tarte de mirtilos, feita em três tempos e que não ficou mesmo nada má. Pelo menos a avaliar pela rapidez com que desapareceu...

Tarte surpresa de mirtilos


Ingredientes:

1 lata de leite condensado
1 pacote de natas frescas
6 folhas de gelatina
1 caixinha de mirtilos frescos
1 placa de massa folhada

Fiz assim:
Forrei uma tarteira com a massa folhada e cobri com feijões. Levei ao forno quente, durante cerca de 15 minutos. Retirei do forno e reservei, para arrefecer. Entretanto preparei o creme. Coloquei as folhas de gelatina em água fria para hidratarem. Numa taça bati o leite condensado com a batedeira e, depois, juntei as natas e bati novamente. Retirei a gelatina da água e espremi bem. Levei ao micro-ondas para derreter e juntei ao creme anterior. Envolvi bem. Espalhei os mirtilos sobre a massa folhada, já fria e cobri com o creme. Levei ao congelador durante 1 hora. Depois retirei para o frigorífico até ao momento de servir, mas já estava pronta a comer, quando saíu do congelador.


Não deu para tirar a fotografia da tarte inteira mas deixo aqui a vossa fatia. É pequenina mas bastante docinha e fresca, para dar as boas-vindas ao Verão. J
Desejo-vos um fim-de-semana muito muito docinho!




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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mas... estamos quase no Verão?!

Sim... pelo menos em termos de calendário! É por isso que me irrita aquele spot publicitário que apregoa que ninguém nos tira o Verão e que o Verão volta sempre... Pois é... não estou a ver nada!
Aqui estamos nós, no dia 20 de Junho e o tempo que temos é este: nebulosidade, vento, temperaturas de 20º, sol pendurado e até a ameaçar chuva, de vez em quando.
Por isso, como por enquanto ainda não nos deixam sonhar com as férias, dedico-me a fazer algumas experiências gastronómicas. Como fazer uma tarte com massa filo, que nunca tinha utilizado nesta cozinha. E adorei a textura da massa. Estaladiça, fininha, deliciosa.
Perfeito, perfeito, só mesmo se o Verão chegasse... mas a sério!
Isso é que era!

Tarte de espinafres e requeijão em massa filo
(receita adaptada daqui)


Ingredientes:

6 folhas de massa filo
300 gramas de espinafres (apenas as folhas)
200 gramas de requeijão
1 ovo
2 colheres (sopa) de crème fraiche
30 gramas de nozes, grosseiramente picadas
1 dente de alho, esmagado
1 fio de azeite
Sal e pimenta
Margarina derretida, para untar as folhas de massa e a forma

Fiz assim:
Liguei o forno a 200º. Numa frigideira larga, levei o azeite ao lume com o dente de alho e juntei os espinafres. Tapei e deixei os espinafres murcharem e retirei do lume. Bati o ovo com a crème fraiche e temperei com sal e pimenta. Juntei este preparado aos espinafres e envolvi. Acrescentei, depois o requeijão, desfeito com um garfo e envolvi novamente. Adicionei as nozes e reservei. Untei uma forma de tarte com margarina. Abri o pacote de folhas de massa filo e retirei as folhas uma a uma, trabalhando-as rapidamente para não secarem. Cobri a forma com uma folha e untei com a margarina. Repeti com as restantes folhas e, por fim coloquei o recheio reservado. Levei ao forno durante cerca de 25 minutos. Quando as folhas começaram a ficar escuras nas pontas cobri a tarte com uma folha de papel vegetal, até final da cozedura.


Esta tarte fica com um sabor muito agradável. A massa, estaladiça, dá-lhe uma textura crocante, intensificada pelas nozes. O recheio, de sabor suave e deliciosamente cremoso, faz o contraste perfeito com a massa.
Um dia excelente para todos!





Fonte: Edição de Junho de 2013 da Revista Saveurs (Nº202).

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Natas, porco e cogumelos numa mistura aveludada e sempre deliciosa

Cá em casa evitamos as refeições com muitos molhos por se tornarem, obviamente, mais calóricas e menos saudáveis. Mesmo assim, não somos prisioneiros das nossas próprias regras e, por vezes, as natas também surgem para aveludar os pratos que nos saciam a fome. Foi o caso destes bifinhos de porco com cogumelos, que resultam sempre deliciosos, ainda que a linha não permita que os testemos muitas vezes.

Bifinhos de porco com cogumelos e molho aveludado de natas


Ingredientes:
(para quatro pessoas)

8 febras de porco (cortei-as em tiras, tipo strogonoff)
1 decilitro de vinho branco
1 colher (sopa) de pimentão doce
2 dentes de alho, picados
1 folha de louro
Sal e pimenta
8 cogumelos brancos frescos, laminados
1 fio de óleo
1 colher (sopa) de margarina

Fiz assim:
Temperei as febras com o sal, a pimenta, o pimentão doce, os alhos, o louro e o vinho branco. Reservei durante, pelo menos, duas horas. Levei ao lume uma frigideira com o óleo e a margarina e fritei nela as febras, até estarem douradinhas e tenras.Retirei-as e reservei. Na gordura que restou, salteei os cogumelos e, por fim, acrescentei as natas e deixei engrossar o molho. Juntei as febras ao molho para tomar o gosto e retirei do fogo. Servi com batatas fritas e salada de alface e tomate.


Uma refeição simples, porque de vez em quando, também apetece.


Desejo a todos uma excelente Quarta-feira.




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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Os amigos e uma sobremesa desconstruída

Esta ideia de criar um blogue surgiu simplesmente pelo simples prazer de partilhar receitas. Partilhar um bocadinho do que fazemos cá em casa com os amigos, dando ideias e dicas práticas para as refeições do dia-a-dia, enquanto contamos também um pouco da nossas experiências diárias tem sido tão surpreendente que agora já vem sendo hábito preparar as sessões fotográficas do que preparamos na nossa cozinha. Ouvir as experiências dos outros, inspirados pelas nossas receitas, ou simplesmente o facto de nos darem um feedback positivo como resultado do que aqui colocamos tem sido tão absolutamente delicioso como as próprias receitas que seleccionamos cuidadosamente para aqui serem colocadas.
Esta receita surgiu em seguimento da parceria recentemente criada com a Vahiné, que teve a amabilidade de me enviar uma embalagem de agar agar, para ajudar a preparar algumas sobremesas para nos deliciar os dias.
Assim surgiu a ideia desta sobremesa desconstruída que ficou deliciosa e recebeu também os meus pais regressados da terrinha, com mais cerejas na bagagem.

Cheesecake desconstruído de oreo


Ingredientes:

150 gramas de bolachas oreo (sem o creme branco)
50 gramas de manteiga derretida
200 gramas de natas frescas
350 gramas de queijo fresco batido
1 lata de leite condensado cozido
2 saquetas de agar agar Vahiné
1 vagem de baunilha

Fiz assim:
No copo da bimby, coloquei as bolachas e triturei na velocidade 9 até estarem em pó. Juntei a manteiga derretida e bati uns segundos na velocidade 4. Reservei. No copo limpo deitei o leite condensado, as sementes da vagem de baunilha e o conteúdo de duas saquetas de agar agar, dissolvido em água fria. Marquei 5 minutos, na velocidade 3,5 e temperatura 90º. Deixei arrefecer até aos 50º e juntei o queijo. Envolvi bem na velocidade 5, durante um minuto. Acrescentei, depois, as natas e envolvi as natas, durante mais um minuto, à mesma velocidade. Em tacinhas individuais, dispus colheradas de creme e bolacha, alternadamente. Levei ao frio, de um dia para o outro (ou até estar bem fresco).


Este cheesecake teve ainda outro patrocínio delicioso, de uma amiga muito querida, que ofereceu carinhosamente o paninho que utilizei para servir de base nestas fotografias, bordado pelas suas próprias mãos prendadas e dedicadas. São estas surpresas, entregues em forma de mimos e elogios sinceros, dirigidos a um trabalho feito com um sorriso, que alegram os nossos dias e nos fazem ter vontade de continuar em frente, servindo dedicação e empenho a todos os que lêem estas linhas, e vão dando uma razão à existência da cozinha aqui retratada.
Obrigada a todos!


Beijinhos e uma semana cheia de coisinhas boas.




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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Codornizes assadas no forno para dias em que o sol chama por nós

Este ano andamos um pouco amuados, porque parece que até o tempo nos anda a pregar partidas. É a chuva que se interfere nos dias mais quentes e o vento que parece conseguir sempre soprar com mais força. Já concluí que Junho vai ser outro mês em que vamos ter instabilidade climatérica até ao seu final e que nunca mais chegam os belos dias de tempo estáve, com sol, calor, piqueniques e praia. Enquanto essas miragens assolavamm a minha mente, foi uma assadeira para o forno com codornizes, para poder aproveitar o sol, que veio junto com o feriado municipal de Lisboa. Deve ter sido um pedido de Santo António. E assim, enquanto o almoço se fazia quase por si próprio, houve tempo para estar sentada, a deliciar-me com a cidade de Lisboa, numa manhã quase sem pessoas mas com uma beleza imensa para nos oferecer.

Codornizes assadas no forno com vinho do Porto


Ingredientes:

4 codornizes
1 colher (sopa) de pimentão doce
1 colher (chá) de molho picante
1 colher (sopa) de molho agridoce
1 cálice de vinho do porto
1 decilitro de água
1 fio de azeite
Sal e pimenta

Fiz assim:
Limpei e lavei bem as codornizes. Misturei todos os ingredientes do tempero num frasco e tapei-o. Agitei o frasco para envolver bem a mistura e utilizei-a para temperar as codornizes. Coloquei-as numa assadeira e reservei durante cerca de uma hora. Levei ao forno, aquecido a 200º até estarem bem douradinhas e com a pele estaladiça, o que demora mais de uma hora. Virei-as duas vezes, durante o processo de cozedura. Retirei do forno e servi com arroz e uma boa salada.


 Ficaram muito suculentas e aromáticas, e também devem ficar muito bem com um puré de batata, que já ando com vontade de comer.


Depois de umas mini-férias, estou de regresso, com a mala cheia de cerejas e já a pensar em como será o fim-de-semana.


Espero que sejam dias de sol e cheios de receitas deliciosas.
Beijinhos!




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terça-feira, 4 de junho de 2013

Bolachinhas para partilhar e adoçar o Dia da Criança

Bolachas e bolachinhas, biscoitinhos e outros que tais, fazem as delícias de todos. Principalmente dos mais pequenos. A pensar no membro mais novo da família, fiz estas bolachas, no dia da Criança. Infelizmente, a pequena Inês ainda não teve oportunidade de as provar. Mas está quase...

Bolachas de manteiga


Ingredientes:

200 gramas de manteiga sem sal, à temperatura ambiente
150 gramas de açúcar
1 colher (sobremesa) de essência de baunilha
2 ovos
500 gramas de farinha

Fiz assim:
Bati a manteiga com o açúcar e a baunilha até obter uma creme. Juntei os ovos, um de cada vez e bati bem entre cada adição. Acrescentei a farinha e misturei bem, com as mãos, até obter uma massa areada. Formei uma bola e deixei repousar durante 15 minutos. Entretanto liguei o forno a 180º. Dividi a massa em porções e estiquei com o rolo até obter a espessura de cinco milímetros. Cortei com cortadores próprios e coloquei em tabuleiros forrados com papel vegetal. Levei-as ao forno por cerca de 10 minutos. Retirei as bolachas e deixei-as arrefecer sobre uma rede. Transferi-as para um frasco hermético, que mantive aberto até à manha seguinte.


Mas as bolachas também são sinónimo de partilha: para levar dentro de um frasquinho e enfeitar uma mesa de lanche entre amigos ou para oferecer à mamã, embrulhadas numa fitinha atada com um laçarote. E entretanto, vão servindo para aconchegar os nossos estômagos, antes de irmos para a cama. É que são mesmo uma delícia... e rendem imenso.


Desejo-vos um dia mesmo muito docinho.




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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Os dias terríveis e uns choquinhos para o jantar

Ontem* foi um daqueles dias horríveis em que só pensava em chegar a casa e estender-me em cima do sofá! Os dias de greve do Metro em Lisboa, são sempre assim: deixam-me os nervos em franja! A mim e a mais uns quantos, tendo em conta as discussões que ouvi pelo caminho e o mau humor de algumas pessoas. Mas depois de uma maratona, lá consegui chegar e ainda houve tempo para preparar uns choquinhos à algarvia. É uma refeição bastante prática, própria para estas ocasiões: quando só apetece descanso e (claro!) as tão merecidas sopas, depois de um dia difícil.

Choquinhos fritos à algarvia


Ingredientes:
(para duas pessoas)

400 gramas de chocos limpos (usei congelados)
3 dentes de alho
1,5 decilitros de azeite
Sal e pimenta
Coentros

Para acompanhar:
Batatas cozidas

Fiz assim:
Num tacho, deitei o azeite e os dentes de alho laminados. Deixei aquecer e acrescentei os choquinhos, já lavados e limpos. Tapei o tacho e deixei cozinhar assim, durante 10 minutos. No fim deste tempo, retirei a tampa, temperei com sal e pimenta e deixei continuar a cozinhar até desaparecer todo o caldo que se formou e ficar apenas o azeite. Deixei alourar um pouco os chocos e retirei do lume. Polvilhei com coentros picados e servi com batatas cozidas.


Este prato fica uma delícia. Os chocos ficam tenrinhos e com um sabor muito agradável. Atenção aos temperos, porque tende a ficar um pouco salgado, por ser um prato bastante apurado. É uma questão de se rectificar o sal no fim para não haver exageros.


Entretanto já se passou o fim-de-semana que serviu, também, para recarregar as baterias. E veio com Sol e tudo! Não é fantástico? J
Tenham uma semana deliciosa!
Beijinhos.





* Este pequeno texto inicial foi escrito na Sexta-feira passada. Depois não houve tempo para o colocar aqui.