segunda-feira, 30 de abril de 2012

Frango estaladiço

Mais uma receita de frango para começar bem uma semana mais pequenina. Desta vez usei uma mistura de pão ralado com ervas e cereais clusters. Ficou delicioso e super-estaladiço.

Pedaços de frango panados com cereais


Ingredientes (para 3 pessoas):

2 peitos de frango, cortados em pedaços
2 colheres de sopa de pão ralado (usei com ervas)
1 chávena de cereais clusters, triturados grosseiramente
2 dentes de alho
1 ovo
1 decilitro de vinho branco
Sal e pimenta
Óleo para fritar

Fiz assim: Temperei os pedaços de frango com sal, pimenta, alho picado e o vinho e deixei a marinar cerca de meia hora. Levei uma frigideira com óleo ao lume. Entretanto, panei os pedaços de frango, passando-os no ovo batido e, depois na mistura de pão ralado e cereais. Fritei no óleo quente, de ambos os lados. Retirei e coloquei sobre papel absorvente. Servi com arroz de alho e salsa.


Aproveitem bem o feriado.




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sexta-feira, 27 de abril de 2012

A caldeirada ou de como a idade pode alterar os nossos gostos

Em pequena nunca fui grande apreciadora de guisados, caldeiradas e tudo o que se resumisse a misturar muitos ingredientes num tacho e cozinhá-los, obtendo-se uma qualquer mistela envolvida num caldo. Na minha opinião, o molho parecia tornar aquele prato numa sopa. Era um sacrifício ter de escolher todos os bocadinhos de cebola, de tomate, de pimento que ía encontrando, na penosa tarefa de conseguir retirar do prato algo que me agradasse. Era uma perfeita agonia que fui vencendo, com o meu próprio crescimento. E agora, posso dizer, com toda a sinceridade, que adoro caldeiradas, sendo a de peixe uma das minha preferidas. Por isso aqui fica a última que fiz cá em casa.

Caldeirada de peixe


Ingredientes (para 2/3 pessoas):

500 gramas de peixe fresco para caldeirada (tubarão, raia, tamboril, salmão, safio)
3 sardinhas frescas
3 batatas médias
2 cebolas
3 tomates
Pimento (usei verde e vermelho)
1 dente de alho
1 decilitro de azeite
1 decilitro de vinho branco
Sal e pimenta

Fiz assim:
Numa panela, deitei metade do azeite, uma cebola em rodelas finas, o dente de alho picado, 2 tomates sem pele e cortados em cubos e o pimento cortado em tiras pequenas. Acrescentei metade do peixe e as batatas cortadas em rodelas finas. temperei com sal e pimenta e mais um pouco do azeite. Fiz nova camada com os ingredientes e por cima reguei também com vinho branco. Levei ao lume e deixei cozinhar durante cerca de 20 minutos. Retirei do lume e servi.



Desejo a todos um óptimo fim-de-semana!




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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Comer umas atrás das outras

Há dias em que me apetece sentar em frente do sofá com uma chávena de chá e um prato cheio de bolachas e comer, umas atrás das outras. Numa dessas tardes, num dia em que o calendário nos proporcionou uma pausa a ameaçar chuva, resolvi fazer umas bolachinhas com pepitas de chocolate. Ficaram um pouco doces demais mas, mesmo assim, apetece comê-las sem parar J
Para a próxima vez retiro no açúcar e, também, na quantidade de manteiga pois penso que ficarão melhor.

Bolachas com pepitas de chocolate


Ingredientes (rendeu 24 bolachas de tamanho médio):

150 gramas de manteiga sem sal, amolecida
200 gramas de açúcar amarelo
300 gramas de farinha com fermento
1 colher (chá) de sal
2 ovos
1 colher (sopa) de essência de baunilha
150-200 gramas de pepitas de chocolate negro (teor mínimo de cacau 70%)

Fiz assim:
Liguei o forno a 200º e preparei dois tabuleiros com tapetes de silicone. Numa taça larga bati a manteiga com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Juntei os ovos e a baunilha e voltei a bater. Adicionei a farinha e o sal e envolvi bem. Por fim, juntei as pepeitas de chocolate. Com a ajuda de uma colher, formei bolachinhas e fui colocando noo tapete de silicone, deixando-as separadas entre si. Levei ao forno durante 10 a 15 minutos. Retirei do forno e deixei arrefecer um pouco. Passei para uma rede e deixei arrefecer completamente antes de guardar num frasco hermeticamente fechado.






Fonte: "Cozinha - O Coração da Casa", de Nigella Lawson

terça-feira, 24 de abril de 2012

Na senda dos risottos

Seguindo um trilho no âmbito dos risottos, continuo a experimentar vários sabores distintos. Desta vez escolhi fazer um de bróculos que se revelou espectacular. O sabor ácido da hortaliça contrasta perfeitamente com o do arroz, conseguindo-se, também obter um resultado muito cremoso. Fiz este risoto como acompanhamento de uns filetes de pescada panados, que estavam à altura do momento, oferecendo-nos uma refeição deliciosa.

Filetes de pescada panados com risotto de bróculos


Ingredientes (para duas pessoas):

3 a 4 filetes de pescada, consoante o tamanho (usei congelados)
1 dente de alho
Sal e pimenta
Sumo de limão
1 ovo
Pão ralado (usei com ervas)
Óleo para fritar

1 chávena de arroz para risotto
1 cebola pequena
2 colheres (sopa) de azeite
1 decilitro de vinho branco
200 gramas de bróculos ou grelos
1 litro de água
1 cubo de caldo de legumes
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
Sal

Fiz assim:
Os filetes. Temperei de véspera, com sal, pimenta, alho picado e sumo de limão. No próprio dia, levei uma frigideira ao lume, com o óleo, até aquecer. Entretanto, bati um ovo num prato e passei os filetes nesse ovo e no pão ralado. Fritei de ambos os lados até ficarem douradinhos e, depois retirei e escorri sobre papel absorvente.
O risotto. Arranjei os bróculos e lavei-os. Levei ao lume uma panela com a água, o caldo de legumes e o sal. Deixei levantar fervura e juntei os bróculos. Deixei cozinhar durante 3 minutos e depois escorri-os, reservando a água da sua cozedura. Piquei a cebola e deitei-a num tacho. com o azeite até ficar translúcida. Juntei o arroz e deixei fritar cerca de um minuto. Acrescentei o vinho e deixei evaporar, mexendo sempre. Quando o líquido desapareceu, juntei uma concha do caldo de cozer os bróculos e fui mexendo até o líquido incorporar totalmente, continuando sempre a mexer com a colher de pau. Juntei novamente mais caldo e prossegui, do mesmo modo. Sensivelemte a meio da cozedura juntei os bróculos. No final, retirei do lume, adicionei o queijo e envolvi muito bem. Servi, imediatamente, com os filetes.






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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um bolo com bolinhas de estalar

Para os dias de folga do fim-de-semana, preparei um bolinho. A textura ficou óptima e tinha aquelas bolinhas fantásticas que estalam na boca, a cada dentada. Delicioso para saborear numa tarde de preguiça, acompanhado com um chá. E é também uma boa opção para ir dando um final feliz aos limões que trouxemos da terrinha, do limoeiro do nosso quintal. Como a receita leva seis ovos, resolvi fazer dois bolinhos mais pequenos e ofereci um à minha mãe.

Bolo de iogurte com limão e sementes de papoila


Ingredientes:

1 iogurte natural (usei grego, de 2,5 dl que serve de medida)
 6 ovos
3 medidas de açúcar
3 medidas de farinha com fermento
1/2 medida de óleo
Raspa de 1 limão
3 colheres (sopa) de sementes de papoila

Fiz assim:
Bati as gemas com duas medidas de açúcar até ficar um creme esbranquiçado. Adicionei o iogurte, o óleo e a raspa de limão e bati, novamente. Bati as claras em castelo e adicionei a outra medida de açúcar. Juntei ao preprarado, alternando com a farinha e envolvendo entre cada adição. Acrescentei as sementes de papoila e verti nas formas, untadas com margarina e polvilhadas com farinha. Levei ao forno a 175º e deixei cozinhar durante cerca de 1 hora.



Para começar bem a semana.




Fonte: Cinco Quartos de Laranja

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um manto de ovos enrolado sobre si próprio

Fazer omeletes dá-me uma certa satisfação. Ver um manto amarelo numa frigideira e depois enrolá-lo, cuidadosamente, por forma a não partir, como se fosse um manto de um qualquer frágil rendado. E poder observar o resultado final, levá-lo para a mesa, cortá-lo, sentir-lhe a  profusão de aromas e por fim, saboreá-lo. Numa textura quase cremosa e quase leve, ao mesmo tempo. Um sabor inesquecível. Uma verdadeira delícia. E soube ainda melhor porque tive o precioso auxílio do Rui, na sua preparação. Ajuda, como boa comida, é sempre bem vinda a esta nossa casa.

Omelete de chouriço ibérico


Ingredientes (para duas pessoas, ao lanche ou para uma, como refeição principal):

4 ovos
40 gramas de chouriço ibérico, cortado em cubos pequenos
1 cebola pequena, picada
Salsa a gosto, picada
Sal e pimenta
1 colher (sopa) de margarina (usei vaqueiro líquida)

Fiz assim:
Bati os ovos numa tigela. Levei uma frigideira ao lume com a margarina e deixei aquecer. Adicionei o chouriço e a cebola para fritar um pouco. Juntei, depois, os ovos e deixei cozinhar até começar a criar uma capa de ovo. Com uma espátula, comecei a enrolar a omelete, deixando o ovo coagular progressivamente. Quando concluí o processo de enrolar, deixei mais uns momentos no lume, para cozinhar o ovo mas de forma a ficar uma textura leve e fofinha. Retirei para um prato e servi.



Um bom fim-de-semana



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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Uma nuvem com sabor a queijo

Mais uma experiência na minha cozinha. Desta vez andei às voltas com uns deliciosos mini-soufflés. De queijo. Uma textura leve, qual nuvem que se saboreia lentamente, marca definitivamente o sabor deste prato. O sabor a queijo, intenso. Depois, ou se ama ou se odeia. Eu adorei. Uma delícia, sem dúvida.

Soufflé de queijo cheddar


Ingredientes (para três ramequins):

250 mililitros de leite meio gordo
1 colher (sopa) bem cheia de farinha
1 colher (sopa) de margarina
100 gramas de queijo cheddar ralado
2 ovos
Sal e pimenta
1 colher (chá) de noz moscada moída

Fiz assim:
Liguei o forno a 200º e untei três ramequins com margarina. Levei a margarina ao lume até derreter e acrescentei a farinha. Mexi bem até começar a ganhar cor. Juntei, depois, o leite, e voltei a mexer até engrossar. Retirei do lume e temperei com sal, pimenta e a noz moscada. Envolvi bem e juntei o queijo para derreter. Deixei arrefecer um pouco e juntei as gemas batidas, em fio, mexendo sempre. Bati as claras em castelo e envolvi no preparado de queijo. Distribuí pelos ramequins e levei ao forno durante cerca de 20 minutos. Retirei do forno e servi, imediatamente, como entrada.






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quarta-feira, 18 de abril de 2012

O conforto das refeições preparadas no forno ou a paixão pela comida para miúdos

Sempre gostei muito de empadão de carne. É daquelas comidas que parece mais indicada para os miúdos mas não há nada a fazer. Gosto de comida para miúdos! Gosto de sopa toda passada, sem couves nem nada dessas coisas. Gosto de comer fruta de boiões. Gosto de cerélac. E, claro, gosto do sabor suave do puré e do contraste com a carne, desfeita, mas deliciosamente apaladada e suculenta, cheia de molho para não tornar o prato demasiado seco. Normalmente, faço empadão para aproveitar carne já cozinhada, mas não comia há muito tempo e deu-me uma imensa vontade de fazer. Claro que a carne picada também é uma boa opção e o resultado não fica menos delicioso. Tinha uma farinheira encetada, no frigorífico e acabou por ir fazer companhia ao guisado, para tornar a textura do recheio mais cremosa. Ficou magnífico.

Empadão de carne com farinheira


Ingredientes (para 3/4 pessoas):

1 pacote de puré de batata congelado (cerca de 750 gramas)

300 gramas de carne de peru, picada
1/2 farinheira
1 cebola picada
1 cenoura picada
1 decilitro de tomate triturado
1 decilitro de vinho branco
1colher (sopa) de azeite
1 colher (sopa) de margarina e o necessário para barrar a assadeira
1/2 caldo de carne
Azeitonas
Rodelas de chouriço
Queijo parmesão ralado
Sal e pimenta

Fiz assim:
Primeiro, preparei o puré, de acordo com as instruções da embalagem, mas acrescentando mais leite que o sugerido, de modo a ficar com uma textura mais cremosa e aveludada. Reservei. Levei um tacho ao lume com o azeite e a margarina. Juntei a cebola e a cenoura e deixei fritar um pouco. Acrescentei a carne, a farinheira desmanchada, o tomate, o cubo de caldo de carne e o vinho branco. Temperei com sal e pimenta (tendo em atenção que o caldo de carne e a farinheira já têm sal) e deixei cozinhar bem, mexendo de vez em quando. Ainda acrescenei um pouco de água porque me pareceu muito seco. Retirei do lume e reservei. Barrei uma assadeira com margarina e dispuz um pouco mais de metade do puré, de maneira a cobrir toda a assadeira e as laterais. Deitei o preparado da carne por cima do puré e cobri com outra camada, feita com o restante. Polvilhei com o queijo ralado e enfeitei com rodelas de chouriço e azeitonas. Levei ao forno, a 200º até dourar. Retirei do forno e servi imediatamente, com azeitonas temperadas com orégãos e alho.






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terça-feira, 17 de abril de 2012

O hábito de comer peixe ao Sábado

Ter um supermercado à porta de casa tem algumas vantagens. Uma delas é poder comer peixe fresco todos os Sábados. E no Sábado passado a escolha recaiu sobre uns pargos que ficaram deliciosos, assados no meu forno. Este hábito já veio de casa dos meus pais e foi mantido por cá. Porque há pequenas coisas que vale a pena preservar.

Pargos assados no forno com batatas


Ingredientes (para duas pessoas):

2 pargos pequenos
2 batatas médias
2 tomates maduros (usei de cacho)
1 cebola média
1 decilitro de azeite
1 decilitro de cerveja
1 raminho de salsa
Sal e pimenta

Fiz assim:
Lavei o peixe, já amanhado e escamado e fiz um corte transversal em cada um dos lados. Temperei com sal e pimenta. Descasquei a cebola e as batatas, cortei a primeira em meias luas e dispu-la no fundo de uma assadeira. Juntei as batatas em quartos e os tomates, cortados em cubos. Temperei com sal e envolvi bem. No centro da assadeira coloquei os pargos e reguei com o azeite e a cerveja. Juntei o raminho da salsa e levei ao forno a 220º. Deixei assar durante cerca de 1 hora ou até as batatas estarem macias. Retirei do forno e servi, imediatamente.






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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Costeletas de vitela para os dias em que o tempo não corre atrás de nós

Há dias em que apetece ficar na cozinha. Perder tempo a olhar para os ingredientes para que eles nos contem uma história. E esperar que a inspiração surja, sob a forma de uma ideia para preparar o almoço. Há dias em que o tempo não nos obriga a decidir nem a cozinhar num ápice. Para esses dias, há momentos de sobra para saltos pela cozinha e umas costeletas de vitela para celebrar o prazer de comer.

Costeletas de vitela com laranja e redução de vinho do Porto


Ingredientes (para duas pessoas):

2 costeletas de novilho
Sumo de 1 laranja
1 cálice de vinho do Porto
2 colheres (sopa) de óleo
1 dente de alho
1 folha de louro
Sal e pimenta

Fiz assim:
Temperei as costeletas com sal e pimenta. Numa frigideira, levei ao lume o óleo e juntei, depois, o alho esmagado, para fritar até libertar o sabor. Adicionei as costeletas e deixei fritar, de ambos os lados até estarem douradas e a carne passada. Retirei as costeletas para um prato. Na gordura que ficou, adicionei o louro e o sumo de laranja. Deixei ferver durante alguns segundos e, por fim, juntei o vinho. Quando reduziu, caramelizando os alhos, deitei o molho por cima das costeletas e servi, acompanhado de batatas fritas.



Uma semana deliciosa para todos.




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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Uma abóbora cheia de sabor

Quando visito o mercado biológico gosto de voltar com os sacos cheios. Uma das coisas que costumo trazer são as deliciosas e lindas abóboras hokaido. Segundo opiniões suspeitas, trago-as para casa, mais para enfeitar a cozinha do que, propriamente, para as cozinhar, o que, obviamente, não corresponde à verdade J. Mas confesso que gosto de as ter por cá, a adornarem-me os cestos da fruta até ao momento de irem para a panela. E a hora desta chegou, com alguma pena minha, para nos deliciar numa entrada fantástica. E, para ser sincera, o prazer de saborear esta abóbora é muito superior ao desgosto que, eventualmente, me causou despedir-me dela. Além disso, há sempre mais no mercadinho e penso que está na altura de lá voltar.

Abóbora assada com recheio de ricota e salmão fumado


Ingredientes:

1  abóbora hokaido
1 embalagem de queijo ricota
100 gramas de salmão fumado
Sal e pimenta
Azeite
Cebolinho

Fiz assim:
Liguei o forno a 180º. Lavei e enxuguei bem a abóbora e retirei-lhe uma "tampa". Com cuidado, retirei as fibras e as sementes da abóbora e coloquei-a num tabuleiro de ir ao forno. Dentro da abóbora deitei um fio de azeite e polvilhei com um pouco de sal. Levei ao forno por cerca de 30 minutos. Entretanto preparei o recheio. Juntei, numa tigela, o queijo, o salmão cortado em pedacinhos, um pouco de cebolinho picado e 1 colher (sopa) de azeite. Envolvi bem o preparado e temperei com sal e pimenta. Retirei a abóbora do forno e recheei-a com o preparado de queijo e salmão. Servi com tostas, numa entrada e ficou mesmo muito bom. O sabor da abóbora caramelizada combina deliciosamente com o do queijo.




Tenham um excelente fim-de-semana.




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quinta-feira, 12 de abril de 2012

O bacalhau assado ou uma boa desculpa para molhar o pão em azeite quente

Adoro comer pão com azeite e, um bacalhau assado, é sempre uma boa desculpa para o fazer. Foi o que aconteceu numa noite em que este delicioso peixe foi servido ao jantar. Entre bacalhau e pão é-me sempre difícil escolher. É por isso que como igualmente dos dois. E foi um prato muito apreciado cá em casa.

Bacalhau assado com batatas em azeite 


Ingredientes (para duas pessoas):    

2 postas de bacalhau demolhado
3 batatas médias
1 cebola média
2 dentes de alho
2 decilitros de azeite
2 tomates maduros
Sal e pimenta

Fiz assim:
Arranjei e cortei as batatas em quartos, os tomates em cubos e as cebolas em meias luas. Piquei os dentes de alho. Num tabuleiro de forno, dispuz estes ingredintes e temperei-os com sal e pimenta. Reguei com o azeite e envolvi tudo muito bem para misturar os temperos. Levei ao forno pré-aquecido a 180º, durante cerca de 30 minutos. Retirei o tabuleiro do forno e coloquei as postas de bacalhau por cima das batatas e levei novamente ao forno por mais 20 a 30 minutos. Retirei do forno e servi. 






Entre cada dentada, a certeza de que tudo está absolutamente perfeito.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Remexer os ovos e saboreá-los com pão

Cá em casa gostamos muito de ovos mexidos. Serve muitas vezes de entrada ou como refeição mais ligeira. Acompanhados de fatias generosas de pão, ficam uma delícia. Desta vez o prato de ovos completou-se com farinheira e não sobrou nada para contar a história. Para partilhar momentos de felicidade à mesa.

Ovos mexidos com farinheira e cebolinho


Ingredientes (para duas pessoas):

4 ovos
1  farinheira
1 colher (sopa) de manteiga
Sal e pimenta
Cebolinho

Fiz assim:
Bati os ovos numa taça e temperei-os com sal e um pouco de pimenta branca moída. Tirei a pele à farinheira e desfi-la com um garfo. Levei ao lume uma frigideira com a manteiga e deixei derreter. Juntei a farinheira e deixei fritar um pouco. Acrescentei os ovos e mexi bem até cozinharem mas deixando-os húmidos. Salpiquei com cebolinho picado e servi imediatamente, com fatias de pão fresco.







A felicidade parece que transborda num remoinho de sensações maravilhosas,
reflexo de um sonho que me faz levitar e saltar de nuvem em nuvem.
Será da chuva ou de mim?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma sobremesa ou como acabar, deliciosamente, um almoço de Páscoa, em família

No Domingo de Páscoa, depois do cabrito assado com batatas e arroz de forno, houve ainda um espacinho no estômago para uma deliciosa sobremesa. Nada enjoativa e fresca para apreciar com o calor do Sol, que nos acompanhou no dia da Ressurreição. É uma receita que já faz parte dos almoços de festa há bastantes anos, mas sabe sempre muito bem. A minha mãe costuma dizer que o meu irmão gosta muito desta bavaroise, como justificação para a fazer muitas vezes, mas eu acho-o suspeito, porque ele gosta de tudo o que é doce J.

Coroa de pêssegos e morangos (receita da minha mãe)


Ingredientes (para 8/10 pessoas):

1 lata de leite condensado
1 pacote de gelatina de ananás
1 lata de pêssego em calda (usei das pequenas)
Bolachas tipo maria (cerca de 4/5 bolachas)
700 gramas de morangos
2 colheres (sopa) de açúcar
Sumo de 1/2 limão

Fiz assim:
Preparei a bavaroise na véspera. Cortei as metades de pêssego em pedaços pequenos e parti algumas bolachas em quartos. Reservei. Numa taça, preparei a gelatina, utilizando apenas 1,5 decilitros de água a ferver e 2 decilitros de água fria. Juntei o leite condensado à gelatina e misturei bem com a batedeira. Verti o preparado numa forma canelada, previamente passada por água fria. Juntei os pedaços de pêssego e a bolacha partida ao preparado, já dentro da forma. Levei ao frigorífico de um dia para o outro. Uma hora antes de servir, arranjei os morangos, cortando-os em metades ou quartos e coloquei-os numa taça. Adicionei açúcar e sumo de limão e mexi bem. Na hora de servir, desenformei a bavaroise e enfeitei-a com os morangos preparados.



Nota: Para desenformar a bavaroise, basta colocar a forma, durante alguns instantes, em água morna. 



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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tradições da Páscoa

Portugal é rico em tradições gastronómicas. Nas festas da Páscoa organizadas pela minha minha mãe, não pode faltar o folar de Valpaços, mais associado, por mim, a uma bôla de carnes (enchidos) que se misturam numa massa e se deixa levedar, pedindo aos santinhos que a aumentem de tamanho, para alimentar os comensais da casa. Este ano fomos passar a Páscoa na terrinha, nos Cunqueiros (Castelo Branco) e, para além das delícias gastronómicas, também nos deliciámos com as cerejeiras em flor (algumas já com pequenos frutos) e com os quintais deliciosamente carregados das mais belas flores que a Primavera nos pode oferecer. E entre repastos deliciosos, deleitámo-nos também com a beleza dos dias de Sol. Em Junho lá estaremos de volta, para comer aqueles deliciosos frutos vermelhos...

Folar de Valpaços (receita de uma amiga transmontana)


Ingredientes (rendeu três bôlas pequenas):

2 Kg de farinha de trigo
16 ovos
250 gramas de azeite
250 gramas de margarina
1 colher (sopa) de sal
50 gramas de fermento de padeiro
cerca de 750 gramas de carne de porco (enchidos, usei chouriço, bacon, chourição, presunto)

Fiz assim:
Numa tigela juntei o fermento esfarelado com um pouco de farinha e água morna e deixei levedar durante cerca de 30 minutos. Entretanto juntei o azeite, a margarina e o sal num tacho e levei ao lume fraco para derreter a manteiga. Juntei depois os ovos previamente batidos e coloquei uma bacia larga. Misturei bem e juntei o fermento. Adicionei a farinha necessária até poder amassar (deve ficar como a massa de pão). Amassei bem e formei uma bola. Tapei a bacia com um pano e depois com uma manta. Deixei a levedar até duplicar de volume (o tempo depende da temperatura ambiente). Untei umas formas com manteiga e tendi a massa, dividindo-a em três partes. Abri cada pedaço de massa e recheei com os enchidos cortados aos pedaços. Fechei a massa sobre a carne, formando pães redondos (mas podem fazer em tabuleiros quadrados ou rectangulares). Ficou novamente a levedar, para aumentar mais um pouco de volume e foi ao forno a lenha, até estarem bem cozidas. Demorou cerca de 1 hora. Deixei arrefecer e servi cortado às fatias (bem, eu confesso que não deixei arrefecer antes de provar).




Uma excelente semana.




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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Massa, frango e votos de Páscoa Feliz

Hoje trago um prato de massa. Porque já tinha saudades. Mas, para além da receita, trago, também, os votos de uma Santa Páscoa, celebrada em família, com momentos de verdadeira partilha. Para todos.

Esparguete com frango, bacon e cogumelos em molho aveludado de natas e tomate 


Ingredientes (para duas pessoas):

100 gramas de esparguete
1 peito de frango cortado em tiras
Sal, pimenta, alho e vinho branco para a marinada
50 gramas de bacon em tiras finas
1 lata de cogumelos
1 decilitro de tomate triturado (dois tomates médios)
1 colher (sobremesa) de molho pesto
2 decilitros de natas

orégãos
queijo parmesão ralado

Fiz assim:
Temperei o frango com sal, pimenta, alho picado e um pouco de vinho branco. Deixei marinar por algumas horas. Levei uma panela ao lume com água e uma colher de sopa de óleo. Quando começou a ferver juntei o esparguete e deixei cozinhar. Entretanto, deitei duas colheres de sopa de óleo numa frigideira e levei a aquecer. Juntei, depois o bacon para fritar um pouco. Acrescentei o frango e fui mexendo para alourar bem. Juntei os cogumelos, o tomate e o molho pesto. Tapei e deixei cozinhar. Acrescentei as natas e deixei engrossar em lume brando para tornar o molho mais aveludado. Salpiquei com orégãos a gosto. Escorri a massa e juntei ao preparado do frando.  Envolvi bem e servi, polvilhado com queijo parmesão.








A Páscoa é tempo de celebrar a Vida. Que assim seja...     

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Um pequeno-almoço de Domingo

Adoro panquecas. Com doce, com mel, com fruta, com queijo, com tudo isso ou mesmo sem nada... só panquecas... Gosto da massa leve e fofa, ligeiramente adocicada e a saber a baunilha. Num destes Domingos resolvi preparar algumas para o meu pequeno-almoço. Foi a minha primeira tentativa e, claro está, sairam muito feias e desengonçadas, mas o sabor, esse ficou delicioso, por isso não podia deixar de as partilhar convosco. Para a próxima espero que saiam mais bonitas e depois mostro-vos J. Até o Rui, que não é de grandes pequenos-almoços, se deliciou com uma destas panquecas com mel. Estavam mesmo divinais.

Panquecas doces de buttermilk (receita adaptada daqui):


Ingredientes (rendeu cinco panquecas):

1 1/4 chávena de farinha com fermento
1 colher (sobremesa) de fermento em pó (tipo Royal)
3 colheres (sopa) de açúcar aromatizado com baunilha (vagens)
1/2 colher (chá) de sal 
1 1/4 chávena de buttermilk
2 ovos

Fiz assim:
Numa taça misturei o açúcar, a farinha, o fermento e sal. Numa tigela juntei o buttermilk às gemas e bati bem. Juntei à mistura da farinha e incorporei tudo. Bati as claras em castelo e misturei delicadamente na massa. Numa frigideira de fundo antiaderente coloquei um pouco de óleo em spray e levei ao lume. Adicionei uma concha de massa e deixei dourar até começar a fazer bolhinhas. Virei e deixei dourar do outro lado. Servi com doce de morango e mel. Uma delícia, para saborear no pequeno-almoço de um Domingo, sem pressas.



Notas:
- 1 chávena equivale a 240 mililitros;
- Podem preparar o buttermilk, misturando, na mesma quantidade de leite, 1 colher (sopa) de sumo de limão. Mexer e esperar cerca de 10 minutos. Utilizar na receita, normalmente;
- O acúcar que adaptei a esta receita é acúcar refinado, ao qual costumo adicionar as vagens de baunilha, conforme vou utilizando as suas sementes para preparar outras receitas. Guardo o açúcar com as vagens num frasco fechado e assim tenho sempre disponível açúcar aromatizado; a receita original leva 1 colher (chá) de essência de baunilha e 1/4 de chávena de açúcar em pó (icing sugar).